O AVÔ QUE QUERO SER (27/03/2012)
Por: Gilson Bifano
Podem não acreditar, mas sou avô.
Meu neto, lindo por sinal, é filho de Susanne, minha filha primogênita, e do pr. Elthom, filho do casal pr. Elias Carvalho de Sá e Ana Luiza.
Se chama Theo. Nasceu no dia 2 de março. Podem achar que já estou exagerando, mas o menino é muito, muito bonito.
A Bíblia afirma que ver os filhos dos filhos é uma bênção dada por Deus (Sl 128.6). Só não gostei muito da tradução Almeida Corrigida e Revisada de Provérbios 17.6 que diz que a ‘coroa dos velhos são os filhos dos filhos’.
Ai pensei, acho que a NVI (Nova Versão Internacional) vai me satisfazer. Que nada! A NVI diz: “os filhos dos filhos são uma coroa para os idosos”. Pelos menos, trocou a palavra “velhos” por “idosos”.
“Bem, minhas esperanças estarão com o que diz a A Bíblia na Linguagem de Hoje vai dizer”, pensei. Comecei então a ficar mais confortável. A BLH diz: “Assim como os avós se orgulham dos netos”. Bem melhor! Em sua paráfrase, A Mensagem, Eugene Peterson, traduz este texto afirmando que os “netos são um reconhecimento para os idosos”.
Mas a grande verdade mesmo é que eu já não sou mais jovem, (mas também não sou velho e nem idoso). Quero chegar lá, com calma. Não precisa de pressa.
Tentando, então, atingir o objetivo do artigo, estive pensando nestes dias que tipo de avô quero ser.
Quero ser um avô que cumpra o seu papel no contexto familiar que é transmitir as tradições familiares para meus descendentes. Quero contar história de nossa família para ele e mostrar que Deus sempre esteve nos ajudando em todos os momentos.
Quero ser um avô que saiba quais são os meus limites na vida de meu neto, especialmente no que tange à sua educação. Esta tarefa é principalmente dos pais.
Quero ser um avô que ajude os pais do meu neto, mas não chamando para mim a responsabilidade de fazer coisas que competem aos pais. Quando puder ajudar, já acertei com minha esposa que vamos ajudar, mas queremos ‘curtir’ a nossa vida de casal no ninho vazio e se Deus permitir, na fase tardia da vida, exceto se algo acontecer na vida dos pais. Vejo muitos avós que estão perdendo momentos preciosos como casais, por não colocarem limites nos pais de seus netos.
Lembram de Jetro? Ele ficou com os seus netos, por um determinado tempo, depois chegou para seu genro e disse: “aqui estão os seus filhos” (Ex 18.2-6).
Quero ser um avô sempre pronto a ter no bolso, uma bala, um pirulito e deixar que se lambuze todo.
Quero que minha casa seja, como escreveu tão bem Raquel de Queiroz, uma deliciosa fuga à rotina.
Quero, sempre que estiver com ele, ser brincalhão com fui com minhas filhas. Com certeza, não vou poder brincar com toda aquela energia que tinha nos meus trinta e poucos anos, mas acho que vai dar para fazer alguma coisa.
Quero, a exemplo de Jacó (Gn 48.9-11), dizer palavras abençoadoras que tornem realidade no futuro. Quando ele nasceu, postei no Facebook “Theo, homem de Deus”.
Quero ser um avô que auxilie minha filha e meu genro na transmissão das Sagradas Escrituras e um exemplo de fé não fingida, tal como foi Loide na vida de Timóteo (2Tm 1.5).
Bem, é o que desejo. Que Deus me ajude nestes ideais.
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