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COMIDA, SEXO E PRAZER (06/06/2012)

COMIDA, SEXO E PRAZER (06/06/2012)

Por: Gilson Bifano...

Parece que nós, cristaos, somos treinados para não sentir prazer.

Nosso prazer, conforme alguns hinos do Cantor Cristão, que canto desde pequenino , ensinam que é nos reservado somente quando estivermos nos céus. Aqui na terra quase somos condenados a não experimentarmos nenhum, ou quase nenhum tipo de prazer.

Mas quando leio atentamente a Bíblia percebo que Deus quer que tenhamos prazer em várias áreas de nossa vida aqui na terra.

Por exemplo, na área da sexualidade. Deus criou o sexo, não somente para a procriação, mas também para que o homem e a mulher, no contexto do casamento, experimentem profundo e intenso prazer. Basta ler com atenção alguns textos, como por exemplo, Provérbios 5.18,19 e todo o livro da Cantares de Salomão.

A coisa é tão séria que Paulo recomendou aos casais da igreja de Corinto que maridos e mulheres tinham o dever de proporcionar prazer um ao outro (1 Co 7.3-5)

A felicidade e o prazer sexual é algo que Deus deseja que homens e mulher, (repito) no contexto do casamento, tenham de forma constante, profunda e íntima.

A mesma coisa é em relação à comida. Parece que com o medo de prática do pecado da glutonaria temos medo de experimentar o prazer gastronômico. Não é pecado saborear uma suculenta picanha maturada e sentir o profundo prazer que a mesma proporciona quando entra em contato com cada célula gustativa de nossa língua.

Sobre esses dois itens, sexo e comida, gosto muito de lembrar de dois textos que nos ajudam a defender esta tese. O primeiro deles está em Eclesiastes 9.7,8 que diz: “Vai, pois, come com alegria o seu pão e bebe o seu vinho com coração contente, pois há muito que Deus se agrada das suas obras. Sejam sempre alvas as tuas vestes e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça. Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias da tua vida vã”.

O outro texto está em 1 Timóteo 4.2-5. Neste texto Paulo condena o gnosticismo, corrente filosófica presente entre aqueles crentes. Os gnósticos ensinavam que o espírito é totalmente bom e a matéria totalmente má. Com isto tudo que se referia aos prazeres do corpo deveria ser abandonado. O apóstolo não vendo nenhuma verdade neste ensino orientou que tanto o alimento, quanto o prazer do sexo, algo experimentado no casamento, (verso 3), foram criados por Deus, eram boas, deveriam ser recebidos com ações de graças (nunca rejeitadas) e que deveriam, também, ser santificadas.

O mesmo se aplica ao lazer. Conheço crentes que sentem-se culpados, mesmo estando de férias, no mês de janeiro, gozarem de uma boa praia numa manhã de domingo. Isto é reflexo da visão dualista, do sagrado e do profano. Para gente que pensa assim, só é sagrado as coisas que fazem aos domingos, dentro de um templo. Se esquecem que é tão sagrado, como participar de um culto com a igreja numa manhã de domingo, como ir ao supermercado, trabalhar e fazer tantas outras coisas que fazemos nos outros seis dias da semana.

Onde fica Deus em nosso prazer? A resposta eu extraio da paráfrase da Bíblia de Eugene “The Message”. Não sei como está a tradução em português, de Eclesiastes 9.7 mas em inglês, traduzindo diz:  “Oh yes - Deus em prazer em seu prazer”. 

Por quê? Porque alimentos, sexo, lazer, trabalho, igreja, amigo, tudo tem aprovação de Deus e o mesmo sente prazer quando experimentamos cada uma dessas coisas dentro dos parâmetros de Sua boa e perfeita vontade.