I.P.I
Eduardo Carlos Pereira de Magalhães
Nascido no sul do Estado de Minas Gerais na cidade de Caldas em 8 de novembro de 1855, era filho de seu Francisco Pereira Magalhães, e D. Maria Eufrosina de Nazaré, professora quem o ensinou as primeiras letras e os princípios básicos da educação.
Da fazenda à cidade o menino Eduardo prosseguiu seus estudos e tornou-se aprendiz na farmácia de seu pai, ainda na cidade aprendeu Latim e Francês. Desde seus quinze anos pretendia ser jurisconsulto e tinha a pretensão de ingressar na academia de Direito de São Paulo. Seu irmão possuidor de uma farmácia em Araraquara levou o jovem consigo para continuar seus estudos. Estudou por lá no Colégio Ipiranga de 1870 a 1873, em 1873 transferiu-se para campinas e de estudante passa agora a professor, acompanhou sua escola que se uniu ao Colégio Culto a Ciência. Ensinou Latim e Português, entre outras disciplinas.
Em Campinas quando professor no Colégio Ipiranga tomou conhecimento de um missionário americano da Igreja Presbiteriana, que era diretor do Colégio Internacional. Eduardo interessou-se em conhecê-lo o então Rev. George Morton. Eduardo transferiu-se para São Paulo onde teve contato com o Rev. George Chamberlain indicado por Morton. Em São Paulo deu seqüência a seus estudos e tornou-se assíduo freqüentador da igreja do Rev. Chamberlain onde em 7 de março de 1875 professou sua fé em Cristo.
Em 2 de março de 1877 matriculo-se na Academia de Direito, porem teve de lutar com Chamberlain que o despertou para o ministério. Novo rumo tomou sua vida, pôs de lado o ideal da carreira jurídica e tornou-se um apóstolo de Cristo. Acredita-se que foi nesta ocasião que adotou o nome Eduardo Carlos Pereira.
Eduardo Carlos Pereira foi pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil e lutou para uma modificação em suas características tentando torna-la em uma forma de presbiterianismo mais contextualizado com as características nacionais.
Em 1884 juntamente com Remígio Cerqueira fundou a Sociedade Brasileira de Tratados Evangélicos que tinha como objetivo a publicação de obras teológicas de autores nacionais, com recursos nacionais.
Eduardo Carlos Pereira se defrontou com o problema da educação Teológica, ele queria a criação de um seminário, acompanhado de um curso preparatório, para dispor à igreja pastores preparados. Mas diante de tal possibilidade ainda teve de enfrentar a divisão dos missionários do norte e do sul dos Estados Unidos no Sínodo nacional.
Muito tempo se passou e muitas propostas foram feitas mas havia uma divisão interna dentro da IPB com três grupos disputando entre si: Os missionários do norte e do sul, e os pastores e presbíteros nacionais. Surgindo também a questão maçônica que foi a gota d’água para o rompimento entre a igreja Presbiteriana do Brasil. Liderada por Eduardo Carlos Pereira, a minoria anti-maçonica se retirou da reunião do Sínodo de 1903 para formar a primeira denominação brasileira autônoma: a IGREJA PRESBITERIANA INDEPENDENTE DO BRASIL.
Marcos Roberto Dutra